No dia do aniversário da cidade de São Paulo, eu não poderia pensar em outro tema para falar, se não as enchentes.
Como moro aqui, estou percebendo que a situação tem sido mesmo um fantasma para a população. As pessoas têm receio de sair na parte da tarde, pois acham que podem pegar um temporal e ficar alagados.
Eu já peguei enchentes pequenas, com trânsito e nada mais.
Porém no domingo passado foi a primeira vez que eu fiquei ilhada com a minha família e outras dezenas de paulistanos – em um posto de gasolina no Brás – após escapar da Marginal Tietê, que estava inundada e intrasitável em um certo ponto.
E assim foi em outros pontos da cidade.
O tema tem me chamado a atenção também pelos comentários infelizes de certa camada da sociedade, que culpa pura e simplesmente os moradores dos locais afetados, dizendo que “se eles jogam lixo na rua, que fiquem alagados”.
Jogar lixo na rua é inadmissível.
Colocar o lixo na rua, fora da hora que o lixeiro passa, também é um crime.
Mas infelizmente ainda vemos muito disso acontecendo, partindo de todas as classes sociais.
Mas a história é longa.
Hoje mesmo eu vi uma pintura – por sinal divina como tantas – de Benedito Calixto no Museu do Ipiranga, que retrata uma inundação no centro de São Paulo. Veja a foto lá em cima.
E o nosso museu aí em baixo:
Esta dica é importante para nós, mas muito mais importante para o governo de nossa cidade. E este, pelo jeito, desde o início não deu importância para o impacto da urbanização na vida futura.
Digamos que conseguíssemos ensinar os cidadãos – ou coagi-los – a tratar o lixo como deve ser tratado e eliminássemos a questão dos lixos entupindo os bueiros e os rios.
Já seria um certo alívio. Isso ajudaria por alguns anos.
Digamos que conseguíssemos (daqui pra frente) proibir a construção de casas em locais com risco de erosão.
Já salvaríamos muitas vidas.
Mas não seria o bastante. Precisamos de regulamentações ecológicas sérias.
E o efeito estufa? Estamos carecas de saber o que polui e aquece o nosso planeta, causando entre outras reações, a chuva: combustíveis, fumaça das indústrias, aerosois, gases do lixo, queimadas, etc.
Com o ‘desenvolvimento’ da cidade veio a impermeabilização do solo e a erosão.
Com a industrialização veio a poluição.
Assuntos que devem ser levados em consideração pelo governo, regulamentadas, planejadas e colocadas em ação JÁ!
No IG você pode ler as soluções para as enchentes com maiores detalhes.
Também adorei o post da Flora sobre este assunto. Ela esclarece muito bem as causas das enchentes. Querida Flora, perdoe-me mas não pude evitar falar deste assunto também.
Vamos nos conscientizar da verdade antes de tudo.
E como sempre, fazer a nossa parte e dar o exemplo.
E ficar de olho em quem escolhemos (ou escolheram) para cuidar de nossa cidade. Ligar na sub-prefeitura, perguntar, solicitar, cobrar, denunciar.
Ecologia não é mais utopia! Já estamos falando do nosso dia-a-dia.
Img.: NovoMilenio.inf.br e Renata RZ